Crítica: Fuga

Fuga: Ação, tensão e o talento tocantinense em uma série que redefine o audiovisual regional

A imagem mostra uma mulher de cabelos castanhos longos e maquiagem marcante, com batom vermelho e olhos delineados, encarando um homem de perto. Ela usa um vestido escuro com decote, um lenço colorido e um colar de gargantilha com um pingente. O homem, de barba grisalha, veste uma camisa clara e um chapéu de couro estilo sertanejo. O ambiente tem iluminação quente, com um letreiro neon em formato de coração ao fundo e caixas plásticas azuis empilhadas.

Sob a direção de André Araújo, a trama nos lança em um mundo de crime, perseguições e escolhas difíceis, tudo isso cravejado por reviravoltas de tirar o fôlego.

A microssérie tocantinense “Fuga” é uma aposta de ousadia no cenário audiovisual local. Dividida em duas temporadas — a primeira com 5 episódios, que apresenta o caso central, e a segunda com 4 episódios, aprofundando as motivações e os dilemas dos personagens — a produção impressiona pelo ritmo frenético e por sua abordagem corajosa. Sob a direção de André Araújo, a trama nos lança em um mundo de crime, perseguições e escolhas difíceis, tudo isso cravejado por reviravoltas de tirar o fôlego. É impossível desviar o olhar enquanto acompanhamos um grupo de criminosos que, após um assalto que dá terrivelmente errado, precisa enfrentar traições, alianças inesperadas e uma sequência de eventos que mudam suas vidas. E acredite, isso tudo é só o começo!

A direção de arte transforma cenários tão comuns ao nosso olhar tocantinense — como as pontes de Porto Nacional, condomínios e bares locais — em ambientes carregados de tensão. O trabalho sonoro é caprichado: desde os estalos secos dos tiros até os silêncios sufocantes que antecedem o caos, tudo contribui para manter a adrenalina nas alturas. Destaque também para a abertura da série, que é um espetáculo visual e sonoro por si só, já entregando ao público o tom de intensidade e surpresa que permeia cada episódio. Entre tiroteios, batidas de carro e uma mala cheia de dinheiro que afeta a vida de todos que a tocam, “Fuga” explora temas universais como lealdade, coragem, ganância e redenção, enquanto nos faz ponderar sobre a fragilidade das alianças humanas.

Mas talvez o aspecto mais empolgante de “Fuga” seja seu impacto para o audiovisual tocantinense. Com 95% da equipe técnica formada por profissionais locais, a série é um exemplo do potencial criativo e técnico que temos no estado, que já desponta como referência no mercado nacional. Mais do que uma história de ação e crime, “Fuga” é um notório exemplo do talento regional e uma prova de que podemos produzir conteúdo de alta qualidade, competitivo e emocionante. A série é uma experiência intensa, cheia de surpresas e, acima de tudo, tocante — não é apenas entretenimento; é um lembrete de que o Tocantins tem muito a dizer e, agora, muito a mostrar com a primeira série do gênero de ação do estado.

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